segunda-feira, 21 de junho de 2010

Conversando com Espelho

Visão do lado contrario.
Versão triste. Mudo. Calado.
Voltou para o armario, com outro cenário
Sua TV está sem cor, sua vida sem o seu amor.
E se sente dor, não fala nada, só aparece ferido.
Bem vindo. Já não é o mesmo.
Teu espelho foi quebrado.
Respira e pulsa devagar.
Tudo para não chorar.
De passagem, apaixonado.
Rápido, assustado.
Avassalador, desesperado.
Sem certeza. É sincero.
Sem malícia, ela fica...
Uma carrega um modo de sentir...
Outra carrega o mundo dentro de si...
Não te julgo pela paixão que cegou.
Quem sou eu, espelho meu?!
Sua mente não tem controle.
Mostrou que é má.
Ainda sim, fica exposto.
Sem abrigo, proteção.
Quer carinho, atenção.
Procurando onde não deve.
Se afasta de medo.
Decifra o ego da razão
Pois nem mesmo meu coração
que tenta mostrar o muro de pedra
Vira um cavro sem teto,
Procurando a rosa que se perdeu.
A confunde com a linda margarida
Tem certeza. Mas só tenta se enganar.
Precisa desabafar.
Sabe quem é quem.
Tão diferentes, e tão parecidas.
Sente o perfume, sonha com ela.
Mais ela nem está aqui.
Só você é quem a vê.
Procura a rosa em outra flor...
Procura a flor em outra rosa...

(...)
Que mente confusa.
Que jogo sem mesa.
Que romance sem chão.

Geisiane do Carmo